sábado, 12 de dezembro de 2009

É muito enxame pra pouca merda...

Em uma dessas tardes de ócio produtivo, no qual fico visitando sites e blogs em busca de informações, notícias - e, por que não, humor? - abri o Youtube. Quem sabe não encontro um daqueles vídeos tão escrotos, e por isso engraçados que deixa você gargalhando só de lembrar dele?

Eis que tomo um susto. Não foi como o susto de você ver Suzana Vieira de fio dental na capa da Revista Caras... foi como quando você pega o jornal semanal e vê aquela capa de arregalar os olhos. No destaque, o anúncio de um vídeo me chamou a atenção: "Presidente Lula fala PALAVRÃO em num sei o que lá...". Rapaz, eu nem terminei de ler para ver qual era o evento.

O palavrão estava em caixa alta, daquele jeitinho que os jornais fazem quando a manchete se trata de CRACK, MACONHA, CORTOU O PÊNIS, ESTUPROU e blá blá blá. Em caixa alta!!! Pensei... depois do "sifu", qual é a da vez? Com um enxame desse, só pode ser um PQP! E não era um único vídeo, eram vários.

Assisti toda empolgada, pensando: vou esfregar na cara dos meus amigos e colegas de trabalho que ficam todos os dias me enchendo o saco, dizendo que eu xingo pra c*!! Vou dizer a eles: "Tiji, galera!! Se o presidente pode, eu também posso!"

Eis que assisto o espetáculo. Quando ele começa o discurso, falando do PSDB, PFL, pensei: ô porra, é baixaria!!! Mas depois... gente, eu juro por cada fio do meu cabelo: quando terminei de ver o vídeo, eu não tive nem coragem de rir.

Quando vi o cara dizer: "Quero saber se o povo está na MERDA, porque eu quero tirar o povo da MERDA"... foi inevitável. Pensei: "é isso?". Tanto enxame por causa de uma merda? A primeira hipocrisia de todas é dizer que merda é palavrão. Acho que se meus palavrões diários fossem 'merda', eu seria beatificada.

A segunda demagogia de todas é ignorar o fato de que o povo realmente está na merda. Não há o que negar. O povo está tão na merda que em lugares que não tem saneamento básico o esgoto passa dentro dos barracos, como no Santa Maria, no Pantanal... se o esgoto passa dentro do seu barraco, o que é que entra junto? MERDA!

Mas claro, o espanto é compreensível. A elegância de corruptos como Arruda, Collor, Sarney, ACM e até o próprio FHC jamais os deixaria falar uma MERDA em um discurso. Vamos ficar com as aparências e admirar os impecáveis políticos que falam bonito e escondem dinheiro dentro da meia, privatizam e superfaturam obras. Mas que o povo continua na merda, continua..

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Duas paixões: reggae e futebol

No mundo da bolinha e do gramado, a década de 1980 entra para a história como o início do fenômeno que ajudaria a marcar a fase moderna do futebol brasileiro. Entre outros fatores, é a partir de então que se expande o recrutamento de jogadores brasileiros para o mercado europeu. Transações milionárias e grandes manchetes na mídia internacional conquistam o coração e os anseios de praticamente todos os atletas.
E é justamente em 1980 que a chegada de um estrangeiro ao Brasil entraria para as páginas do esporte como um dos maiores encontros já promovidos em um campo de futebol. Não, não se tratava de um jogo profissional ou de uma partida incluída em algum dos campeonatos oficiais da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Na ensolarada tarde do dia 19 de março de 1980, o grande ícone mundial do reggae, Bob Marley, protagonizou uma histórica "pelada", ao lado de seus companheiros Junior Marvin (guitarrista dos Wailers) e Jacob Miller (vocalista do Inner Circle).
Foto: Autor desconhecidoAcima:Junior Marvin, Toquinho e suposto funcionário da gravadora.
Abaixo:Jacob Miller, Chico Buarque, Paulo César Caju e Bob Marley.
E quem bateu aquela bolinha com os jamaicanos foram cinco adoradas figuras da Música Popular Brasileira (MPB): Chico Buarque, Toquinho, Alceu Valença, Paulo César Caju e Chico (músico da banda de Jorge Ben Jor). O efeito catártico que o futebol provoca nas pessoas só é possível pela sua interdisciplinaridade, ou seja, a capacidade que ele tem de se relacionar de forma direta com outros aspectos da vida social, como a dança, a música, a política, entre outros.
Bob Marley e os outros jamaicanos vieram ao Brasil para participar da inauguração das atividades do selo alemão Ariola, do qual fazia parte a Island Records, gravadora original dos Wailers. Chris Blackwell (diretor da Island) e sua esposa Nathalie Blackwell também faziam parte da comitiva. Bob interrompeu as sessões de gravação que resultariam no álbum Uprising para vir ao Brasil.
Foto: Clori Ferreira

Bob mostra intimidade com a bola

Às 16h do dia 19 de março, o trio jamaicano chegou no km 18 da Avenida Sernambetiba, num campinho onde o time dos funcionários da Ariola jogavam contra alguns dos contratados da gravadora no Brasil, como Chico Buarque, Toquinho, Alceu Valença e outros.
Logo que eles chegaram os times foram rapidamente rearrumados: Bob Marley, Junior Marvin, Paulo César Caju, Toquinho, Chico e Jacob Miller de um lado; e do outro Alceu Valença, Chicão e mais quatro funcionários da gravadora. Antes de começar o jogo Bob ganhou uma camisa 10 do Santos e sorriu, dizendo "Pelé" para depois explicar que jogava em qualquer posição. Mas ele foi mesmo para o ataque e o placar foi de 3 a 0 para o seu time, com gols dele, de Chico e de Paulo César.

Foto: Autor desconhecidoÍcone do reggae volta satisfeito por conhecer o futebol brasileiro.

Caju, que jogou a Copa de 70, foi o mais festejado por Bob, que lhe disse: "Sou fã de seu futebol". Paulo César devolveu: "E eu, de sua música". Bob lembrou o campeonato mundial que marcou a ilha do reggae: ''Rivelino, Jairzinho, Pelé... o Brasil é o meu time. A Jamaica gosta de futebol por causa do Brasil". Os jamaicanos deixaram o Brasil no dia seguinte, 20 de março de 1980. Três dias depois, o músico estava jogando futebol no campo da Tuff Gong, em Kingston, quando um amigo chegou informando que Jacob Miller tinha acabado de falecer em um acidente de carro. Marley morreria de câncer em maio de 1981, aos 36 anos. O que parecia um simples encontro entre amigos transformou-se, então, em um grande símbolo da incrível interação entre o futebol e a música.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Vote no melhor atleta sergipano!

Durante o ano de 2009, diversos nomes do esporte sergipano ganharam ainda mais notoriedade na mídia nacional. O estímulo reservado pela própria imprensa sergipana, que na editoria de esportes vem apresentando cada vez mais qualidade, pode ser apontado como um fator fundamental para o grande salto de muitos atletas e/ou daqueles que continuam tentando um lugar no pódio.

Nesse sentido, o Jornal Cinform traz uma iniciativa muito bacana para incentivar ainda mais o esporte local. No site do veículo, está aberta uma votação para a escolha do melhor atleta sergipano do ano de 2009. Para ser sincera, cada um dos dez concorrentes merece o nosso reconhecimento.

São muitas as dificuldades de um atleta para conseguir patrocínio em um Estado que pouco investe no esporte. Através das entrevistas concedidas, percebemos o quanto é duro seguir em frente, juntar dinheiro para participar de competições fora do Estado e mesmo assim fazer uma linda representação.

Cada um na sua área, são todos campeões e, acima de tudo, guerreiros. Então, independente de quem vencer a eleição aberta, todos os outros continuam merecendo nosso estímulo e nossos aplausos, pela batalha diária que tem enfrentado por um sonho.

Entrem no www.cinform.com.br e colaborem. O resultado será divulgado na próxima segunda-feira, dia 14, no próprio jornal.

Alvirrubro ou rubronegro?

Depois de tantas controvérsias envolvendo o hexacampeonato do Flamengo, nenhuma é tão falaciosa quanto a polêmica em torno do amor de Ronaldo pelo rubro-negro carioca. Ora, como costumam dizer em alguma dessas novelas por aí, “É a TREVA!”. Numa linguagem mais popular, eu diria que é como sentar numa mesa de bar e tentar discutir o sexo dos anjos.
Em primeiro lugar, é o tipo de assunto onde não se encontrará, nunca, jamais, um consenso. É como observar católicos e muçulmanos tentando argumentar um para o outro que Deus ou Alá é o ser superior: ambos caminharão de acordo com a sua fé. Enquanto o Corinthians for preto e branco e arrastar a massa paulista aos seus pés, a Fiel insistirá em argumentar que o Fenômeno é corintiano. Claro, vamos dar a César o que é de César. Querer que os flamenguistas (e até mesmo outros torcedores sensatos) acreditem nisso é uma missão tão impossível quanto maquiar Vera Loyola e tentar mostrar o quanto ela pode ser bonita.

Você pode até chamar um líder e orador como Marcelo Déda (que, por questões óbvias, nunca aceitaria esse desafio) ou Fidel Castro para tentar convencer as pessoas desse feito. Os corintianos podem até esfregar na cara da gente que o Ronaldo declarou não amar mais o time carioca. Mesmo que ele tenha gaguejado e titubeado como quem nega uma traição, os paulistas insistem em acreditar.

Ao receber um prêmio das mãos do presidente Lula (corintiano, como todos sabem), Ronaldo teve a cara de pau de declarar, em rede mundial, ter ganhado quatro títulos em 2009: dois do Corinthians (Paulista e Copa do Brasil), como jogador, e dois do Flamengo (Carioca e Campeonato Brasileiro), como torcedor. Ok, beleza. Se isso não serve para demonstrar o amor de Ronaldo pelo Flamengo, eu vou pedir um DNA aos céus: talvez eu nem seja filha de Deus também. Mas, como eu sempre digo e já disse antes, vamos dar a César o que é de César.
Ou, melhor, vamos dar a Ronaldo o que é de Ronaldo. Se o próprio Fenômeno achou que aquelas três bonitonas eram mulheres (Ah! Que coincidência, episódio esse que aconteceu quando ele saía do jogo do Flamengo pela primeira final do Carioca), por que Sanches não pode argumentar a paixão de Ronaldo pela Fiel? Às vezes a bijuteria que reluz pode ser confundida com ouro, por que não?
E, por fim, um fato em especial piora a situação do nosso hipócrita, mas querido dentucinho. Morram de inveja, flamenguistas, mas, enquanto o braço de vocês doía de tanto levantar bandeiras e enquanto vocês gritavam até ficarem roucos no botequim mais barato da esquina, o Ronaldo comemorava o hexacampeonato do Flamengo na casa de Adriano. Não, não é na humilde residência do seu brother das peladas de domingo, mas no conforto do lar de um dos maiores ídolos rubronegros da atualidade.
E, mesmo diante desse fato, o Sanchez vem me dar uma desculpa que não chega nem aos pés daquelas que, quando adolescente, eu dava à minha mãe, para sair de casa.
- O Adriano é um grande amigo dele. Os atletas hoje brigam dentro de campo, mas fora dele estão todos juntos. Nada mais justo o Ronaldo ter ido até lá. Se o Adriano estivesse no São Paulo, ele também iria, disse o presidente do Corinthians.
Ora, minha melhor amiga Díjna e meu grande irmãozinho Mike que me perdoem. Mas quando forem comemorar a liderança do Vasco na Série B, não me chamem não, viu?!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Tô na área!!

Olá, amig@s!

Depois de passar alguns meses encarcerada numa penitenciária chamada monografia, posso enfim respirar o ar não tão puro das vias urbanas
e me integrar mais fortemente com meu atualizadíssimo companheiro de todos os dias: o computador.

Voltei ao meu singelo espaço para conversarmos mais abertamente sobre aqueles temas que já conversamos abertamente nas mesas de bares, na barraca da tia Salete ou naqueles momentos lúdicos de nossas festinhas caretas. Música, futebol, violência, sociedade, cultura, sexo, homens, mulheres, crianças e o que mais aparecer na minha fértil imaginação.

Dividam comigo esses momentos de reflexão (ou de besteirol mesmo). Sejam bem
vind@s e vivam de boa!