quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Alvirrubro ou rubronegro?

Depois de tantas controvérsias envolvendo o hexacampeonato do Flamengo, nenhuma é tão falaciosa quanto a polêmica em torno do amor de Ronaldo pelo rubro-negro carioca. Ora, como costumam dizer em alguma dessas novelas por aí, “É a TREVA!”. Numa linguagem mais popular, eu diria que é como sentar numa mesa de bar e tentar discutir o sexo dos anjos.
Em primeiro lugar, é o tipo de assunto onde não se encontrará, nunca, jamais, um consenso. É como observar católicos e muçulmanos tentando argumentar um para o outro que Deus ou Alá é o ser superior: ambos caminharão de acordo com a sua fé. Enquanto o Corinthians for preto e branco e arrastar a massa paulista aos seus pés, a Fiel insistirá em argumentar que o Fenômeno é corintiano. Claro, vamos dar a César o que é de César. Querer que os flamenguistas (e até mesmo outros torcedores sensatos) acreditem nisso é uma missão tão impossível quanto maquiar Vera Loyola e tentar mostrar o quanto ela pode ser bonita.

Você pode até chamar um líder e orador como Marcelo Déda (que, por questões óbvias, nunca aceitaria esse desafio) ou Fidel Castro para tentar convencer as pessoas desse feito. Os corintianos podem até esfregar na cara da gente que o Ronaldo declarou não amar mais o time carioca. Mesmo que ele tenha gaguejado e titubeado como quem nega uma traição, os paulistas insistem em acreditar.

Ao receber um prêmio das mãos do presidente Lula (corintiano, como todos sabem), Ronaldo teve a cara de pau de declarar, em rede mundial, ter ganhado quatro títulos em 2009: dois do Corinthians (Paulista e Copa do Brasil), como jogador, e dois do Flamengo (Carioca e Campeonato Brasileiro), como torcedor. Ok, beleza. Se isso não serve para demonstrar o amor de Ronaldo pelo Flamengo, eu vou pedir um DNA aos céus: talvez eu nem seja filha de Deus também. Mas, como eu sempre digo e já disse antes, vamos dar a César o que é de César.
Ou, melhor, vamos dar a Ronaldo o que é de Ronaldo. Se o próprio Fenômeno achou que aquelas três bonitonas eram mulheres (Ah! Que coincidência, episódio esse que aconteceu quando ele saía do jogo do Flamengo pela primeira final do Carioca), por que Sanches não pode argumentar a paixão de Ronaldo pela Fiel? Às vezes a bijuteria que reluz pode ser confundida com ouro, por que não?
E, por fim, um fato em especial piora a situação do nosso hipócrita, mas querido dentucinho. Morram de inveja, flamenguistas, mas, enquanto o braço de vocês doía de tanto levantar bandeiras e enquanto vocês gritavam até ficarem roucos no botequim mais barato da esquina, o Ronaldo comemorava o hexacampeonato do Flamengo na casa de Adriano. Não, não é na humilde residência do seu brother das peladas de domingo, mas no conforto do lar de um dos maiores ídolos rubronegros da atualidade.
E, mesmo diante desse fato, o Sanchez vem me dar uma desculpa que não chega nem aos pés daquelas que, quando adolescente, eu dava à minha mãe, para sair de casa.
- O Adriano é um grande amigo dele. Os atletas hoje brigam dentro de campo, mas fora dele estão todos juntos. Nada mais justo o Ronaldo ter ido até lá. Se o Adriano estivesse no São Paulo, ele também iria, disse o presidente do Corinthians.
Ora, minha melhor amiga Díjna e meu grande irmãozinho Mike que me perdoem. Mas quando forem comemorar a liderança do Vasco na Série B, não me chamem não, viu?!

2 comentários:

  1. Muito bom, Pri! Texto bastante informativo e divertido ao mesmo tempo. Leitura muito leve! Adorei! Bjos...

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  2. Bem pri, por mais que vc decline do nosso improvável convite, já que o Vasco JAMAIS voltará à série B, nós aceitaremos o seu convite pois temos que seguir a cultura e a tradição do nosso amado Vasco em respeitar as diferenças e prezar pelo respeito mesmo em meio a diferenças.
    Diferentes de certos times que acreditam nas baboseiras da globo e se acham maiores do que realmente são.
    O Sentimento jamais parou!
    Beijos,
    =)

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